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terça-feira, 16 de outubro de 2012

Canadá quando?

Olha eu aqui de novo! =D

Apesar de ter perdido a vontade de escrever aqui no bloguinho por causa da falta de novidades sobre o nosso processo, eu continuo curiando os blogs por aí. 

As chamadas para a entrevista estão acontecendo, aos poucos agente escuta uma notícia de uma pessoa que foi chamada ali, outra que vai receber o CSQ em casa acolá, e por aí vai... As chamadas parecem que estão agora nos dossiês de setembro de 2011, mais tem gente de junho que ainda não recebeu nem um sinalzinho de fumaça! E tem gente de novembro que já recebeu comunicando para se preparar para entrevista... 

Calma ae!! Então aquela teoria de que todos os processos de 2011 foram analisados já caiu por terra!(Há muito tempo). Eu sei que muita gente que enviou o processo não participa de fóruns, blogs e comunidades.

De qualquer forma, não dá para nós, mortais, termos a real ideia do que esta acontecendo nesse maldito BIQ. É apenas uma pequenininha amostra. Não adianta ligar pois não vai apressar seu processo e eles já tem respostas prontas. Não adianta mandar e-mail pois, ou eles não respondem ou, não respondem.

De qualquer forma, acho que me tornei uma pessoa mais forte por causa desse processo. É aquela velha história: ‘o que não tem remédio, remediado está’. Se eu sei que o BIQ não vai me chamar tão cedo, pra quê ficar me martirizando não é mesmo?! E hoje eu vejo que pra mim esse atraso foi muito bom. Diante de todos os problemas e turbilhões que passei nesses últimos meses, seria pouco provável conseguirmos nosso CSQ.  

Enfim. Algumas pessoas são menos ansiosas que as outras, certo? Tem quem consiga levar a espera de boa, tem quem pire, tem quem realmente precisou desse tempo.

Claro que para quem pira é fácil falar e o que não falta é gente por aí no processo de imigração repetindo o mantra para os colegas: ‘relaxe, esqueça o processo, viva sua vida aqui e agora’... Eu acho que estou mais encaixada no primeiro grupo agora. Afinal, como diz a música L'Âge D'Or do Legião Urbana: 'Aprendi a esperar'.

À plus.


domingo, 2 de setembro de 2012

Acorda Brasil.

Segundo o CID-10 (Classificação Internacional de Doenças) da Organização Mundial da Saúde, Homicídios recebendo o título genérico de Agressões,  tem como característica a presença de uma agressão intencional de terceiros, que utiliza qualquer meio para provocar danos, lesões ou a morte da vítima.

No histórico de 30 anos o Brasil passou de 13.910 homicídios em 1980 para 49.932 em 2010, um aumento de 259% equivalente a 4,4% de crescimento ao ano.

Um crescimento alarmante se comparada ao crescimento da população que foi de 60,3%, no mesmo período.

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Com 1,09 milhão de homicídios entre 1980 e 2010, o Brasil tem uma média anual de mortes violentas superior à de diversos conflitos armados internacionais.

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Vemos que a média anual de mortes por homicídio no país supera, e em casos de forma avassaladora, o número de vítimas em muitos e conhecidos enfrentamentos armados no mundo.

Se calcularmos a média anual de homicídios do país em 30 anos chegamos ao número de 36,3 mil mortos no ano - o que, em números absolutos, é superior à média anual de conflitos como o da Chechênia (25 mil), entre 1994 e 1996, e da guerra civil de Angola (1975-2002), com 20,3 mil mortos ao ano!!!

A violência nos Estados 

Por um lado o Brasil estabilizou suas taxas de homicídio e conseguiu conter a violência em Estados como São Paulo, Pernambuco e Rio de Janeiro. Olhando a tabela abaixo podemos ver que , entre 2000 e 2010, o número de homicídios caiu respectivamente 63,2%, 20,2% e 42,9%.

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Por outro lado, como diz o estudo "nossas taxas ainda são muito elevadas e preocupantes, considerando a nossa própria realidade e a do mundo que nos rodeia, e não estamos conseguindo fazê-las cair. Estados que durante anos foram relativamente tranquilos, alheios à fúria homicida, entram numa acelerada onda de violência".

Alagoas por exemplo, que se tornou o Estado com o maior número de mortes violentas, com 66,8 homicídios por 100 mil habitantes em 2010, (era o 11º em 2000).

Não posso deixar de falar do meu Ceará, que ocupava a 17ª posição, subiu para a 14ª posição em 2010, com uma taxa de 29,7 homicídios por 100 mil habitantes.

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Nas Capitais e no Interior

Observando a tabela abaixo podemos verificar que nas capitais as coisas não mudam muito, como por exemplo Maceió que lidera o ranking das capitais com a maior taxa de homicídio (antes ocupava a 8ª) e João Pessoa como 2º colocada. E Fortaleza, minha cidade natal que passou da 19ª posição em 2000 para 12ª capital  com maior taxa de homicídios por 100 mil habitantes. 

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A violência brasileira tem se descentralizado e se tornado um fenômeno crescente no interior. Segundo o estudo "A disseminação e a interiorização tiveram como consequência o deslocamento dos polos dinâmicos da violência: de um reduzido número de cidades de grande porte para um grande número de municípios de tamanho médio ou pequeno. Se as atuais condições forem mantidas, em menos de uma década as taxas do interior deverão ultrapassar as das capitais e regiões metropolitanas do país."

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Em termos absolutos, o número de homicídios registrados pelo SIM (Sistema de Informações sobre Mortalidade) passou na década 2000/2010, de: 
  • 45.360 para 49.932 = acréscimo de 4.572 homicídios.
  • Capitais+RM: 32.339 para 28.797 = queda de 3.542 homicídios.   
  • Interior: 13.021 para 21.135 = crescimento de 8.114 homicídios. 

Sexo e Idade 

Embora as mortes por homicídios são ocorrências marcadamente masculinas, em 2010, dos 49.932 homicídios registrados pelo SIM, 45.617 pertenciam ao sexo masculino (91,4%) e 4.273 ao feminino (8,6%). Ainda assim, apesar dessa baixa participação, nas estatísticas recentes, morrem acima de 4.000 mulheres anualmente vítimas de homicídio. Nos 30 anos considerados, morreram 91.886 mulheres por essa causa.



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Existe um bom número de estudos e um alto nível de consciência pública sobre a elevada concentração dos homicídios na população jovem do país. Os números falam por si.

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Ceará

As taxas de homicídios do Ceará continuam a crescer num ritmo bem acima da média nacional, mas agora impulsionada pelo crescimento acelerado da região Metropolitana de Fortaleza e também com forte participação do interior. Esse acréscimo eleva a taxa do estado a 29,7 homicídios em 100 mil habitantes no ano 2010, superando a taxa nacional, pela primeira vez no seu histórico.


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Os mapas a seguir permitem verificar, até visualmente, a profunda mudança experimentada pelo estado na última década.

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Observamos no mapa do ano 2000 a existência de grande número de municípios que não registraram nenhum homicídio nesse ano. São exatos 58 municípios: 31,5% do total do estado.

Já no mapa de 2010 observamos uma enorme diminuição das áreas em branco: agora vão
ser só 27 municípios, isto é, só 14,7% do total de municípios do estado.

É senhores, uma triste realidade do país chamado Brasil.

Eu não pude colar as informações de cada região pois o post já ficou grande, imagina colocar de cada cidade. Então  para quem gosta de números fiquem à vontade para olhar o estudo "Mapa da Violência 2012", produzido pelo Instituto Sangari.

"Boa leitura".



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